Português

Infinitivo: o que é, exemplos quais os seus tipos

O infinitivo é uma forma verbal essencial em todas as línguas, representando uma das bases mais importantes para a construção e compreensão da gramática. No português, o infinitivo se destaca como a forma não flexionada dos verbos, sem indicação de tempo, pessoa ou modo, sendo frequentemente reconhecido pela terminação -ar, -er ou -ir, como em “amar”, “correr” e “partir”.

Esta forma verbal é fundamental tanto no aprendizado inicial quanto no uso avançado da língua, desempenhando um papel crucial em diversos contextos gramaticais.

Sua função vai além da simples denominação de ações, estados ou processos; o infinitivo é utilizado em estruturas sintáticas complexas, na formação de perífrases verbais e em construções como infinitivo pessoal e impessoal, ampliando significativamente a expressividade e a precisão comunicativa.

O uso do infinitivo é vasto e multifacetado, abrangendo diferentes tipos e aplicações que enriquecem a linguagem.

O infinitivo impessoal, por exemplo, é aquele que não se refere a nenhuma pessoa específica, sendo comum em expressões genéricas, como “É importante estudar”. Já o infinitivo pessoal varia de acordo com a pessoa gramatical, como em “Para nós estudarmos, precisamos de silêncio”, conferindo maior clareza e especificidade ao discurso.

Além desses, existem construções com o infinitivo flexionado, utilizado em contextos específicos para evitar ambiguidades e adaptar-se ao sujeito da oração. Compreender as nuances do infinitivo, seus tipos e exemplos de uso é fundamental para dominar a fluidez e a complexidade do português, permitindo uma comunicação mais eficaz e elaborada.

Exemplos de infinitivos

Infinitivo é a forma nominal do verbo que indica a ação em si, por exemplo: trovar, vender, partir.

Os verbos são agrupados em três conjugações, conforme a terminação do infinitivo:

• Os verbos da 1ª conjugação terminam em -ar, por exemplo: trovar, dar, gostar.
• Os verbos da 2ª conjugação terminam em -er, por exemplo: vender, manifestar, fazer.
• Os verbos da 3ª conjugação terminam em -ir, por exemplo: partir, sorrir, trespassar.

As formas nominais do verbo são aquelas que não expressam tempos e modos verbais. Além do INFINITIVO, as outras formas nominais são:

GERÚNDIO, que indica perenidade (cantando, vendendo, partindo, por exemplo)
PARTICÍPIO, que indica resultado (cantado, vendido, partido, por exemplo).

Exemplos de verbos no infinitivo de 1ª conjugação

Verbo trovar

Infinitivo pessoal: trovar eu, cantares tu, trovar ele/ela, cantarmos nós, cantardes vós, cantarem eles/elas.
infinitivo impessoal: trovar

Verbo dar

Infinitivo pessoal: dar eu, dares tu, dar ele/ela, darmos nós, dardes vós, darem eles/elas.
infinitivo impessoal: dar

Verbo gostar

Infinitivo pessoal: gostar eu, gostares tu, gostar ele/ela, gostarmos nós, gostardes vós, gostarem eles/elas.
infinitivo impessoal: gostar

Exemplos de infinitivos

Exemplos de verbos no infinitivo de 2ª conjugação

Verbo vender

Infinitivo pessoal: vender eu, venderes tu, vender ele/ela, vendermos nós, venderdes vós, venderem eles/elas.
infinitivo impessoal: vender

Verbo manifestar

Infinitivo pessoal: manifestar eu, dizeres tu, manifestar ele/ela, dizermos nós, dizerdes vós, dizerem eles/elas.
infinitivo impessoal: manifestar

Verbo fazer

Infinitivo pessoal: fazer eu, fazeres tu, fazer ele/ela, fazermos nós, fazerdes vós, fazerem eles/elas.
infinitivo impessoal: fazer

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Exemplos de verbos no infinitivo de 3ª conjugação

Verbo partir

Infinitivo pessoal: partir eu, partires tu, partir ele/ela, partirmos nós, partirdes vós, partirem eles/elas.
infinitivo impessoal: partir

Verbo sorrir

Infinitivo pessoal: sorrir eu, sorrires tu, sorrir ele/ela, sorrirmos nós, sorrirdes vós, sorrirem eles/elas.
infinitivo impessoal: sorrir

Verbo trespassar

Infinitivo pessoal: trespassar eu, saires tu, trespassar ele/ela, sairmos nós, sairdes vós, sairem eles/elas.
infinitivo impessoal: trespassar

Tipos de infinitivo

Há dois tipos de infinitivo: pessoal e impessoal.

O INFINITIVO PESSOAL tem sujeito, por exemplo: Para conquistarmos nossos sonhos, é importante crer.

O INFINITIVO IMPESSOAL não tem sujeito, por exemplo: Continuar ou desistir, eis o dilema.

Por sua vez, o infinitivo pessoal pode ser: flexionado (conjugado) ou não flexionado (não conjugado).

No infinitivo pessoal flexionado, o destaque é oferecido ao sujeito da reza, enquanto no infinitivo pessoal não flexionado, o destaque é oferecido ao verbo da reza.

Infinitivo pessoal flexionadoInfinitivo pessoal não flexionado
trovar eutrovar eu
cantares tutrovar tu
trovar ele/elatrovar ele/ela
cantarmos nóstrovar nós
cantardes vóstrovar vós
cantarem eles/elastrovar eles/elas

Infinitivo Pessoal vs. Infinitivo Impessoal: Diferenças e Usos

No estudo do infinitivo, é fundamental compreender as distinções e aplicações entre o infinitivo pessoal e o infinitivo impessoal, duas formas que desempenham papéis distintos na estrutura gramatical do português.

O infinitivo impessoal é a forma básica e não flexionada do verbo, utilizado sem referência a um sujeito específico.

É comum em expressões que indicam uma ação genérica, como em “É necessário estudar para passar nas provas”.

Nesse caso, o verbo “estudar” não está atrelado a nenhum sujeito específico, permitindo uma aplicação ampla e universal da ação.

Por outro lado, o infinitivo pessoal é flexionado de acordo com as pessoas gramaticais, conferindo especificidade ao sujeito da ação. Essa forma é empregada para evitar ambiguidades e fornecer maior clareza ao enunciado.

Por exemplo, na frase “Para nós estudarmos, precisamos de silêncio”, o verbo “estudarmos” é flexionado para a primeira pessoa do plural, identificando claramente os sujeitos da ação.

O uso do infinitivo pessoal é especialmente relevante em orações subordinadas, onde a concordância verbal é necessária para a coesão e precisão da mensagem. Além disso, essa forma é comum em construções que exigem concordância com pronomes ou substantivos, como em “Eles pediram para vocês chegarem cedo”.

Compreender essas diferenças e saber quando aplicar cada tipo de infinitivo é crucial para a correta utilização da língua, permitindo uma comunicação mais precisa e efetiva.

Infinitivo nas Perífrases Verbais: Como Funciona?

As perífrases verbais são construções que combinam dois ou mais verbos para expressar uma única ação, estado ou processo, e o infinitivo desempenha um papel crucial nessas estruturas.

Quando se trata do infinitivo nas perífrases verbais, ele frequentemente aparece após um verbo auxiliar, criando uma unidade semântica que oferece nuances específicas de significado e aspecto verbal.

Um exemplo comum é a perífrase “vou estudar”, onde o verbo auxiliar “vou” indica uma ação futura, enquanto o infinitivo “estudar” expressa a ação principal.

Essas construções são fundamentais para a flexibilidade temporal e modal da linguagem, permitindo que os falantes indiquem intenções, desejos, obrigações, e outras perspectivas relacionadas à ação principal.

O uso do infinitivo nas perífrases verbais não se limita apenas à indicação de tempo futuro, mas também é essencial em estruturas modais, de aspecto e de voz passiva.

Por exemplo, em “devo estudar”, a perífrase transmite uma obrigação ou necessidade, enquanto em “comecei a estudar”, marca o início de uma ação. Outro caso é “pode ser estudado”, que utiliza o infinitivo para formar a voz passiva.

Cada uma dessas construções amplia a expressividade do verbo principal e fornece uma compreensão mais rica e detalhada da ação ou estado descrito.

A compreensão e o domínio dessas perífrases são fundamentais para uma comunicação eficaz e refinada, permitindo que os falantes naveguem por diferentes contextos e nuances de significado com precisão.

Infinitivo em Outros Idiomas: Comparações e Curiosidades

O infinitivo, apesar de ser uma forma verbal universal, varia em sua estrutura e uso entre diferentes idiomas, oferecendo um campo rico para comparações e curiosidades linguísticas.

Em português, o infinitivo é facilmente reconhecível pelas terminações -ar, -er, -ir, como em “amar”, “comer” e “partir”. Essas terminações indicam a ação em sua forma mais básica, sem especificar tempo, pessoa ou modo.

Comparativamente, no inglês, o infinitivo é formado pela partícula “to” seguida do verbo base, como em “to love”, “to eat” e “to leave”. Já no francês, as terminações são -er, -ir e -re, exemplificadas por “aimer”, “finir” e “prendre”.

Cada língua traz suas próprias regras e peculiaridades, refletindo aspectos culturais e históricos em suas estruturas gramaticais.

As curiosidades sobre o infinitivo não se limitam apenas às suas formas. Em algumas línguas, como o alemão, o infinitivo pode ser usado com o prefixo “zu” em certos contextos, enquanto em espanhol, o infinitivo é frequentemente empregado como substantivo, como em “el comer es importante” (comer é importante).

Além disso, o uso do infinitivo pode variar significativamente em termos de frequência e função. Em português e espanhol, o infinitivo pessoal é uma característica única que não tem paralelo direto em muitas outras línguas europeias.

Essa forma permite maior flexibilidade e precisão no discurso, algo que pode ser um desafio para falantes nativos de outras línguas ao aprender português ou espanhol.

Essas diferenças e semelhanças destacam a riqueza e a diversidade das línguas, sublinhando a importância do infinitivo como uma ferramenta gramatical essencial para a comunicação em qualquer idioma.

Erros Comuns no Uso do Infinitivo: Como Evitá-los?

Embora o uso do infinitivo seja uma parte fundamental da gramática portuguesa, é comum encontrar erros que podem comprometer a clareza e a precisão da comunicação. Um dos erros mais frequentes é a confusão entre o infinitivo pessoal e o impessoal.

Muitas vezes, os falantes utilizam o infinitivo impessoal quando o contexto exige a concordância do infinitivo pessoal.

Por exemplo, na frase “É importante nós estudar”, o correto seria “É importante nós estudarmos”, pois o sujeito “nós” exige a forma flexionada do verbo. Ignorar essa concordância pode causar ambiguidades e tornar a frase gramaticalmente incorreta.

Outro erro comum envolve a utilização incorreta do infinitivo em perífrases verbais, especialmente na formação de tempos compostos e na voz passiva. Frases como “Ele vai de estudar” ou “O livro é para ser lido” muitas vezes são utilizadas de maneira inadequada.

A forma correta seria “Ele vai estudar” e “O livro é para ser lido”. Além disso, o uso do infinitivo após preposições pode gerar confusões.

Frases como “Antes de você sair” em vez de “Antes de sair” são incorretas, pois a forma correta é utilizar o infinitivo impessoal quando a preposição é seguida diretamente pelo verbo.

Compreender e evitar esses erros comuns é essencial para aprimorar a fluência e a correção gramatical, permitindo que os falantes se expressem de maneira mais clara e precisa.

A Importância do Infinitivo no Aprendizado da Língua Portuguesa

A importância de dominar a forma infinitiva no português não pode ser subestimada, especialmente para os aprendizes que buscam alcançar fluência e precisão na língua. O infinitivo serve como a base dos verbos, a partir da qual várias conjugações e estruturas gramaticais são derivadas.

Sua versatilidade permite que seja utilizado em uma ampla gama de contextos, desde frases verbais simples até construções sintáticas complexas.

Por exemplo, compreender como empregar corretamente o infinitivo em sentenças como “Preciso estudar” ou “É importante falar bem” é crucial para uma comunicação eficaz.

Além disso, o infinitivo é fundamental na formação de tempos compostos e na expressão de significados mais sutis relacionados a intenção, obrigação e possibilidade. Frases como “vou viajar” ou “ele pode ajudar” ilustram como o infinitivo pode indicar ações futuras ou capacidades potenciais.

Adicionalmente, o uso do infinitivo pessoal adiciona uma camada de especificidade e clareza, distinguindo o português de muitas outras línguas.

O domínio do infinitivo também auxilia na compreensão e construção da voz passiva e das formas reflexivas, essenciais para a proficiência avançada na língua. Assim, uma compreensão aprofundada do infinitivo não só melhora a precisão gramatical, mas também enriquece a capacidade expressiva geral no português.

O Papel do Infinitivo na Educação Inclusiva

Na educação inclusiva, o uso correto da linguagem é fundamental para promover a igualdade e a compreensão entre todos os alunos.

O infinitivo, como uma forma verbal básica e universal, desempenha um papel crucial nesse contexto. Ensinar o infinitivo de maneira clara e acessível pode ajudar alunos com diferentes necessidades a entenderem e utilizarem os verbos de forma correta, facilitando a comunicação e a integração no ambiente escolar.

Além disso, ao abordar o infinitivo de forma inclusiva, os professores podem adaptar suas estratégias de ensino para atender às diversas habilidades linguísticas dos alunos, promovendo uma educação mais equitativa e abrangente.

A Aplicação do Infinitivo nas Normas Vancouver

As normas Vancouver, utilizadas para padronizar publicações científicas, também envolvem o uso correto do infinitivo. Em textos acadêmicos, a precisão e a clareza são essenciais, e o infinitivo contribui significativamente para essa clareza ao fornecer uma forma verbal não flexionada e direta.

Por exemplo, em diretrizes de estilo, o uso do infinitivo em instruções como “citar todas as fontes” ou “evitar o plágio” é comum e necessário.

Compreender como e quando utilizar o infinitivo pode ajudar os autores a seguir as normas Vancouver de maneira eficaz, garantindo que suas pesquisas sejam comunicadas de forma precisa e profissional.

A Importância do Infinitivo em Programas Stricto Sensu

Nos programas de pós-graduação stricto sensu, que incluem mestrados e doutorados, a linguagem acadêmica deve ser utilizada com precisão e clareza.

O infinitivo é uma ferramenta essencial nesse contexto, permitindo a construção de argumentos claros e diretos em dissertações e teses.

Além disso, a capacidade de utilizar o infinitivo corretamente em diferentes construções verbais é vital para a redação de artigos científicos, propostas de pesquisa e outras comunicações acadêmicas.

Dominar o uso do infinitivo pode, portanto, melhorar a qualidade e a eficácia das produções acadêmicas, contribuindo para o sucesso nos programas stricto sensu.

Conclusão

Diante da complexidade e da riqueza do infinitivo na língua portuguesa, torna-se evidente sua importância em diversos aspectos da comunicação e do conhecimento.

Desde sua função básica como forma não flexionada dos verbos até suas aplicações mais sutis em construções gramaticais complexas, o infinitivo desempenha um papel fundamental no aprendizado da língua e na produção de textos acadêmicos e científicos.

Ao longo deste artigo, exploramos os diferentes tipos de infinitivo, seus usos em contextos variados e sua relevância em áreas como a educação inclusiva, as normas de publicação científica e os programas de pós-graduação stricto sensu.

Compreender e dominar o infinitivo é não apenas uma questão de habilidade linguística, mas também uma ferramenta essencial para a comunicação clara e precisa, bem como para o avanço do conhecimento em diversas áreas do saber.

Referências Bibliográficas

CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. 48. ed. São Paulo: Companhia Editora Vernáculo, 2010.

FAQ

O que é o infinitivo e qual a sua função na frase?

O infinitivo é a forma básica e não flexionada do verbo, utilizada para expressar ação, estado ou processo de forma genérica na frase.

Quais são os tipos de infinitivo e como usá-los?

Os tipos de infinitivo são o pessoal e o impessoal. O infinitivo pessoal varia de acordo com a pessoa gramatical, enquanto o impessoal é utilizado sem referência a um sujeito específico.

Como identificar o infinitivo na frase?

O infinitivo pode ser identificado na frase ao observar a forma não flexionada do verbo, geralmente terminada em -ar, -er ou -ir.

Quais são alguns exemplos de verbos no infinitivo?

Alguns exemplos de verbos no infinitivo são “amar”, “correr” e “partir”.

Quais as principais diferenças entre os tipos de infinitivo?

As principais diferenças entre os tipos de infinitivo são que o pessoal varia de acordo com a pessoa gramatical, enquanto o impessoal é utilizado de forma genérica. Além disso, o pessoal é utilizado em construções que exigem concordância com o sujeito, enquanto o impessoal é utilizado em expressões gerais.

Wellington Aquino

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